Por que 2017 é um ano especial para Malta

Dois mil e dezessete não será um ano comum para Malta, politicamente falando. Desde o início de janeiro, o país assumiu a presidência do Conselho da União Europeia, que reúne os líderes de todos os países membros. É o menor país a assumir a posição, que tem troca a cada seis meses. Mas tem um dos maiores desafios, com capacidade para influenciar muitas outras áreas no arquipélago e no continente. Entenda.

Basicamente, Malta vai ter a chance de conduzir e influenciar as principais decisões da União Europeia. Com isso, receberá algumas reuniões com membros do conselho, o que deve movimentar consideravelmente a ilha: serão 15 delas, atraindo um total de 20 mil membros das delegações e 2,5 mil jornalistas. Trata-se de uma grande oportunidade para o país, que tem quatro pontos principais na agenda.

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1. Aumentar a segurança nas fronteiras e o patrulhamento no mar
Este objetivo está totalmente ligada à crise migratória que ainda ocorre na Europa e cujo componente primordial é o Mar Mediterrâneo. A expectativa é criar um sistema de inteligência que controle o fluxo de imigrantes que adentram os países do bloco, com o poder de proibição, inclusive. O alvo não são intercambistas ou viajantes, mas terroristas, obviamente, então qualquer preocupação de brasileiros e estrangeiros, por enquanto, é infundada. Se tudo der certo, a Europa começará a ficar ainda mais segura em seis meses.

2. Acabar com as taxas de roaming e criar mercado único digital
Ponto importante para intercambistas. As taxas de roaming estão sendo abatidas gradualmente há muitos anos, mas em 2017 a expectativa é que deixem de existir completamente. Isso significa que se você tiver um chip de celular europeu, vai poder utilizá-lo em qualquer país membro sem pagar taxas extras. Se o mercado único digital for estabelecido, poderá também fazer compras em sites internacionais livremente – atualmente, a União Europeia separa essa possibilidade em zonas. É o que permite, por exemplo, que irlandeses comprem pela internet em sites britânicos, mas não em poloneses.

3. Alcançar acordos de migração.
Mais uma medida para regular quem entra e quem pode permanecer nos países do bloco. Ela é de suma importância porque o fluxo migratório foi um dos principais pontos no plebiscito que definiu a saída da Grã-Bretanha da União Europeia. Malta e os demais membros querem conter os ânimos e impedir que outros países tomem a mesma decisão baseada em ideais como esses.

4. Iniciar procedimentos de igualdade de gênero e igualdade social
Esse é um dos grandes trunfos de Malta como país: a luta contra a discriminação. Recentemente, o blog noticiou que o país se tornou o primeiro a criminalizar a oferta de tratamento para deixar de ser gay. A agenda ainda inclui lutar contra misoginia, xenofobia e outras tantas questões.

Fonte: Times of Malta

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